Cofundador: como encontrar um bom para empreender
Atualizado: 30 de mai.
Quer empreender mas não sabe bem como escolher o cofundador ideal?
Essa é sem dúvida uma decisão difícil e de fundamental importância para o sucesso de uma Startup.
Se o time não possui um forte alinhamento e não se complementa, a probabilidade de sucesso diminui muito.
Nesse post vamos comentar 6 principais aspectos para se considerar no momento de escolher um cofundador para empreender.
Praticamente todos os pontos foram levantados por grandes referências no mundo de Startups e empreendedorismo, como Paul Graham, Margaret Heffernan, Helge Seetzen e Pejman Pour-Moezzi.
6 aspectos para considerar na escolha de um cofundador para empreender
1. Determinação e Comprometimento
Determinação é citada por Paul Graham como sendo a característica mais importante em fundadores.
Os inúmeros obstáculos enfrentados ao longo da jornada empreendedora exigem que os fundadores tenham uma forte determinação em resolver o problema que se propuseram, porém é necessário que todos tenham o mesmo nível de comprometimento com o negócio.
O ideal é que os fundadores tenham total disponibilidade para trabalhar na empresa, mas sabemos que diversas Startups começam com seus fundadores ainda trabalhando para outras organizações.
Assim, conforme Helge Seetzen, mais importante que a grande disponibilidade de tempo, é a simetria de tempo investido de cada um para que discussões sejam evitadas e que a empresa se mantenha em pé.
2. Flexibilidade
Encontrar um cofundador flexível pode ser de grande valor. Uma Startup sofre diversas mudanças ao longo do tempo, principalmente quando está em estágio inicial validando a ideia e modelo de negócios.
Logo, é importante que todos os fundadores tenham a mente aberta para novas possibilidades e sejam flexíveis para tomar decisões.
3. Imaginação
Uma das primeiras características que podemos pensar que seja muito importante em um cofundador é a inteligência. O que é verdade, é muito importante mesmo. Porém, de acordo com Paul Graham a capacidade de imaginação e propor boas ideais aparenta ser mais significativa que a capacidade de resolução rápida de problemas já esperados.
Se pararmos para pensar, grandes ideias não aparentam ser boas ideias no começo. O AirBnB por exemplo, quem iria querer que pessoas completamente estranhas passassem alguns dias em sua casa ou até morassem juntos?
O ideal é que o nível de inteligência proponha ideias que façam sentido, porém com uma dose de loucura.
4. Amizade
É muito difícil desenvolver um negócio de sucesso com apenas uma pessoa. Geralmente as grandes Startups tiveram dois ou três fundadores.
Dado que terão trabalhar inúmeras horas juntos, é bastante lógico que seja necessário que os fundadores sejam amigos, confiem uns nos outros e sejam capazes de resolver conflitos quando aparecerem.
Porém, um cuidado é para relacionamentos muito próximos, seja por serem melhores amigos, casados ou irmãos.
Diversas decisões difíceis necessitam ser tomadas ao longo do negócio e o relacionamento não deve influenciar na tomada de decisão ou discussões e também não deve ser influênciado pelo negócio.
5. Diferentes habilidades
É fundamental que o cofundador tenha habilidades diferentes e que complementem no desenvolvimento do negócio.
Por exemplo, uma pessoa pode ser ótima com tecnologia e programação enquanto outra muito boa com vendas e acompanhamento de métricas do negócio.
Além disso, é importante também que haja simetria no nível de conhecimento ou habilidade na área que tem maior domínio.
De acordo com Helge Seetzen, da mesma forma que assimetria de tempo disponibilizado para a empresa pode gerar desentendimentos, a assimetria de performance em diferentes áreas também.
6. Objetivos e valores similares
Ter claro entre os fundadores seus objetivos com o negócio é bastante importante. Se um dos fundadores quer construir a maior rede social do mundo e o outro assim que atingir o valor de US$ 1 milhão querer vender a empresa, muito provavelmente haverá desentendimentos.
Da mesma, valores similares são fundamentais não apenas para os fundadores, mas para toda a empresa.
É extremamente comum vermos grandes empreendedores dizendo que os valores são os maiores diferenciais para o atingimento do sucesso de seus negócios.
Se a maneira como as pessoas trabalham ou encaram os desafios é muito diferente a chance de discussões ocorrerem são grandes.
De acordo com Pejman Pour-Moezzi, o ideal antes de se escolher um cofundador é trabalhar com ele em tarefas similares a que serão enfrentadas em uma empresa.
Dessa forma é possível conhecer melhor um ao outro, entender como cada um pensa, suas qualidades e realmente ter um maior embasamento antes de tomar essa decisão tão importante que é escolher um sócio.
Sabemos que trabalhar ou simular atividades com a pessoa pode ser um pouco difícil, porém uma ótima dica também dada por Pejman é cada fundador elaborar uma lista de perguntas para que cada um responda de forma detalhada, como:
Na sua visão o que seria um bom, um médio e um ótimo resultado para nossa empresa?
Como você imagina nós dois trabalhando juntos enquanto ainda trabalhamos em outras empresas?
Quais são suas forças e pontos de melhoria?
Por que você quer trabalhar comigo?
Perceba que são perguntas que trazem aspectos de bastante relevância para pessoas que irão trabalhar inúmeras horas juntos e em problemas complexos. O ideal é que você crie suas próprias perguntas com os pontos que julgar mais relevante.
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